
Depois de dois anos reféns da “seca” mundial que foi a pandemia da Covid19 podemos finalmente dizer que fomos libertados: Voltamos ao normal!
Com a nossa vida social completamente estagnada durante este tempo todo, conseguimos afirmar, com toda a certeza, que os jovens estavam definitivamente a “ressacar” e a cada verão que se passava o desejo de voltar a um retiro só aumentava.
Eu nunca tinha estado no Retiro de Verão organizado pela AD Coimbra em conjunto com as suas missões e, mesmo tendo sido de apenas quatro dias, posso ter o privilégio de dizer que senti o mover de Deus na minha vida em cada um deles!
Localizada em Quiaios, município da Figueira da Foz, a Quinta “Recanto da Fé“ albergou no seu interior cerca de 60 jovens de dia 29 de agosto a dia 1 de setembro.
Chegados ao destino, depois de nos acomodarmos, fomos reunidos na sala de culto para uma atividade “quebra-gelo” que decorreu após o almoço partilhado. Esta atividade consistia numa breve apresentação tanto nossa, como do pastor convidado e da sua esposa, assim como do retiro em si. Uns minutos mais tarde voltamos a reunir-nos para a separação dos jovens por equipas: para os devocionais, que iriam ser realizados com os respetivos líderes de equipa todos os dias depois do pequeno-almoço e, para os “workshops de limpeza”, também conhecidos como faxinas.
No primeiro culto da noite o pastor Filipe Fontes partilhou connosco as suas grandes expectativas para o retiro em conjunto com a mensagem cujo tema foi “A naturalidade do sobrenatural de Deus”. A sua esposa, Sara Fontes, ficou encarregue nos dois dias seguintes de fazer o culto da manhã com os adolescentes dos 11 aos 14 anos.
A atividade principal desenvolvida no decorrer dos dias foi o “Amigo Secreto”, atividade em que cada jovem deveria cumprir os desafios super giros e engraçados escritos nos cartões propostos. Apenas com o desafio do último dia, que foi a redação de uma carta ao nosso “amigo” é que foram descobertos os remetentes de cada um, pois esta carta foi a única entregue em mãos diretamente ao nosso “Amigo Secreto”.
Algo bastante importante que eu nunca tinha feito em nenhum retiro foi ter sempre durante a tarde um tempo “Sozinhos com Deus”, quinze minutos em que podíamos ler a Bíblia, refletir na Palavra, orar e cantar na nossa intimidade com Deus num sítio do recinto à nossa escolha.
No segundo dia a atividade proposta durante o tempo da tarde foi a visualização do filme “God’s Not Dead 4: We The People” juntamente com jogos extremamente criativos que puseram as oito equipas frente a frente sendo que tenho o orgulho de dizer que minha equipa (os C4) ficou em terceiro lugar!
O dia três ficou reservado para uma ida à piscina que entusiasmou toda a gente pois mesmo não estando muito calor é uma atividade que agrada a todos.
Rapidamente o retiro chegou ao fim, o pastor Filipe dirigiu o último culto deixando-nos com um desafio e as ferramentas certas para o cumprir, motivando-nos a continuar a deixar que Deus queime em nós após sairmos do ambiente do retiro (1 Tessalonicenses 5:19).
Antes das arrumações gerais ainda tiramos uma fotografia de grupo para deixar registada a memória das nossas caras repletas de felicidade e alegria, resultados de quatro dias bem passados na presença de Deus.
Como já referi, todos os dias tivemos um tempo devocional na parte da manhã partilhado pelos líderes de cada equipa, tendo sempre como base um pequeno livro distribuído por todos, também na primeira reunião, no qual estavam referidos os temas de cada dia e respetivo texto devocional.
Ao meu líder de equipa, o João Leal da AD Soure, deixo aqui registado o meu enorme agradecimento pelos devocionais que liderou, estes que ficarão para sempre marcados no meu coração pela forma única como ele se deixou usar por Deus na sua realização!
Na sua totalidade as mensagens dos cultos falaram muito ao meu coração, temas como “Os atributos incomunicáveis de Deus”, “Barreiras naturais ao mover de Deus” e “Batismo no Espírito Santo”, falados com muita naturalidade, de forma cativante e culta, com alguns exemplos importantes e muitas piadas à mistura.
A última noite, como em quase todos os retiros, foi a mais impactante. Depois de pregada a mensagem o pastor fez o apelo para o batismo no Espírito Santo! O mover de Deus foi enorme, algo que eu sempre vi mas até àquele momento nunca tinha experienciado. Respondi ao apelo e fui à frente juntamente com muitos outros que louvavam a Deus com as suas palavras e com os cânticos que estavam a ser entoados pelo grupo de louvor.
Chorei muito diante de Deus quando foram feitas várias orações com imposição de mãos sobre os jovens pelos pastores e líderes! O quebrar de barreiras, a resposta de Deus às questões que coloquei no Seu altar, a paz inigualável da Sua presença e o ser presenteada por uma nova forma de olhar para mim própria através dos olhos de Deus deixaram-me completamente prostrada aos pés da Cruz!
A oração que algumas pessoas fizeram pela minha vida fizeram com que o meu coração transbordasse de alegria e posso não ter sido batizada no Espírito Santo, mas sei que Deus abriu caminho para isso, no lugar da tristeza e da ansiedade Ele colocou em mim um desejo profundo de O louvar com a minha vida, de ser usada através dos dons que Ele me deu para a glorificação do Reino dos Céus.
Definitivamente foram quatro dias que mudaram a minha vida tanto na área emocional como na espiritual e para o próximo ano é meu desejo que haja novamente a possibilidade de se repetir estes momentos inesquecíveis.