
Ao longo dos anos, a igreja tem sido abençoada com as suas icónicas festas de Natal, que nos transportam para espaços e histórias inimaginavelmente criativas, desde o fundo do mar Tiberíades, florestas, nuvens ou até o Egito, nunca esquecendo o elemento nuclear da celebração deste grande dia festivo: Jesus.
Com o mesmo espírito, este ano foi apresentada uma festa diferente de tudo o que já foi visto até agora: uma festa que teve como inspiração a maior epopeia da literatura portuguesa: “Os Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões.
No dia 18 de dezembro, pelas 10h, iniciou-se mais uma Festa de Natal, com uma participação dos alunos da Escola Dominical. De seguida, foi tempo de assistir ao original “Concílio de Cristo”. A história começa com Camões (poeta do século XVI) que, com a ajuda dos seus serviçais, se prepara para iniciar um concílio no Monte Sinai, convocado por uma figura misteriosa.
Com o desenrolar da trama, as sete personagens bíblicas escolhidas para participar neste concílio vão se apresentando, sendo elas: Eva; o rei David; o profeta Isaías; Maria, mãe de Jesus; Maria, irmã de Lázaro e os apóstolos Paulo e João.
Já instalados, Camões revela o porquê daquela reunião, bem como a identidade da pessoa que está por detrás do concílio, que só poderia ser aquele que une todas estas personagens: Jesus. Foi o próprio que os reuniu para induzi-los a cumprir um desafio: quem seria o mais indicado para explicar o verdadeiro sentido do Natal, em tempos onde tudo e todos estão esquecidos e afastados daquilo que de facto deve ser a razão das comemorações natalícias. É aqui que se instala o caos, pois cada personagem contra-argumenta com as outras, contando o seu percurso de vida com Jesus e defendendo ser a pessoa indicada para cumprir o desafio proposto.
O que acontece é que, entretanto, Jesus chega para acalmar os ânimos e revelar o maior segredo da história: quem deveria responder à grande questão não era alguém em individual, mas todos eles. Toda a Bíblia, desde o pecado de Eva e Adão até aos eventos que João escreveu no livro de Apocalipse, converge para a pessoa de Jesus. Todas as personagens foram, em cada época, meros instrumentos nas mãos de Deus para fazer cumprir o seu propósito: a salvação da Humanidade, sendo Cristo o ponto principal deste plano tão perfeito, que ainda hoje continua a salvar e a transformar vidas, como foi testemunhado por uma personagem da atualidade.
Que Jesus possa continuar a transformar as nossas vidas e que, a cada ano que passa, nos possamos lembrar que Ele é o centro do Natal e que deseja ser a pessoa mais importante das nossas vidas. O seu amor Ágape é imutável, perfeito e importante demais para se deixar cair no esquecimento. Ele é o verdadeiro motivo do Natal!