
No dia 6 de janeiro, pelas 20:30h realizou-se na Assembleia de Deus de Coimbra mais um culto “Em Família”.
O culto teve início com a leitura de Lucas 8: 22 a 25 pela jovem Ester Gaio. De seguida as crianças da Escola Dominical partilharam connosco duas músicas.
Como o culto teve um enfoque especial na família, um momento marcante foi a leitura de Colossenses 3:12 a 24 pelos pequenos irmãos Eduardo e Salvador Agreira. Neste texto somos alertados por Paulo a nos suportarmos uns aos outros em amor e a nossa família é o lugar onde mais devemos manifestar esse amor. A nossa família é o nosso “próximo” mais próximo pelo que nunca devemos deixar de colocar em prática esse amor uns para com os outros.
Houve ainda lugar para uma dinâmica sobre outro fator fundamental em todas as áreas da nossa vida, mas principalmente na família: a comunicação. Os jovens irmãos Matilde e Martim Rocha demonstraram que sem comunicação não é possível haver uma boa relação na família.
Após uma oração pela aluna da Escola Dominical, Leonor Aleixo, a mensagem foi-nos transmitida pela Obreira Daniela Carvalho. O tema? “Pressão Social”. Já sentiu? Afinal é transversal a todos nós, independentemente da idade, habilitações académicas e literárias, posição social ou da capacidade económica. Somos todos atingidos por este fenómeno social que pode ter um impacto gigante nas nossas vidas, escolhas e decisões.
O tipo de pressão social mais mediático é a pressão de grupo. O ser humano foi feito por Deus para se relacionar com o seu semelhante e nas nossas características inatas está bem presente o facto de todos querermos ser aceites num determinado grupo, o que nos leva a sofrer de pressão de grupo em variadíssimos contextos: escola, trabalho, redes sociais, grupo de amigos, Igreja… Sabemos que sempre vamos ser influenciados pelo grupo ao qual pertencemos e com quem nos identificamos. É importante estarmos atentos à pressão que o grupo exerce sobre nós e até que ponto é que nos mantemos fiéis às nossas ideias, valores e crenças, face à pressão a que somos sujeitos.
E na nossa família? Será que também sofremos pressão familiar? Claramente que sim. É impossível excluir a família da pressão social. Se um elemento da família está a sofrer e a deixar que essa pressão o afete, é natural que toda a família fique afetada também. A pressão familiar é também um tipo de pressão a que todos estamos sujeitos. Uma parte considerável dos nossos amigos, vizinhos, colegas e família alargada tem uma opinião formada sobre a “nossa família”. Todos têm a solução para o nosso problema familiar, todos opinam na educação dos filhos, todos tomariam determinada posição ou atitude, o que faz com que muitas vezes nos sintamos “os piores filhos, pais, educadores ou irmãos” do mundo. Sim, a família é afetada pela pressão social.
Algumas das consequências da pressão social sobre a família são o isolamento, a frieza e a falta de comunicação. Quando no seio familiar já não há partilha, nem diálogo, então é urgente repensar a nossa forma de estar em família e pedir a ajuda de Deus para a restaurar.
Algumas das estratégias para lidar com a pressão social são: identificar a natureza da influência a que estamos sujeitos e tomar a decisão certa; ver além das aparências; permanecer nos ensinamentos e na verdade; estar atentos às necessidades do outro.
Neste século assistimos à decadência da instituição que é a família, no entanto nunca nos devemos esquecer que foi Deus quem a projetou e que por isso, em si mesma, ela é intemporal. Ele estará sempre pronto para nos ajudar a mantê-la e a fortalecê-la. Que o nosso desejo seja o de Josué e que possamos dizer: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15; ACF).