
Tudo na nossa vida exige crença e fé, seja em algo ou alguém. Tudo aquilo que fazemos está assente em valores e ideais morais que defendemos e agarramos fortemente. Nós amamos porque cremos que aqueles que estão ao nosso lado irão corresponder-nos. Cremos que a justiça se faz e que é inviolável. Cremos num sentido para a vida e procuramos a felicidade. Existem muitas crenças nas quais acreditamos e que são essenciais nas nossas vidas.
Esperava-se que o século XX fosse um século de viragem, onde a sociedade se tornaria mais secular e, comoconsequência, a Fé, a crença em Deus ou em qualquer realidade espiritual desaparecessem. Acreditava-se que o conhecimento e a racionalidade iriam sobrepor-se a qualquer tipo de crença, e que tudo se podia provar científica e racionalmente. Contudo, é facto que nunca houve tanta procura pela espiritualidade como agora. Continuamos a procurar encontrar o verdadeiro sentido para a vida, a lutar por justiça e para que a verdade seja proclamada. Na verdade, cremos que a nossa fé e crenças são a base de tudo, até para confiar em teorias que são totalmente racionais. Para além disso “todos temos coisas em que acreditamos – e pelas quais inclusive nos sacrificaríamos e até morreríamos – que não podem ser provadas.” 1 Cremos nelas por motivos diferentes, ou racionais, ou ainda por motivos sociais, que até se podem combinar.
O grande problema é que o ser humano erra. A justiça falha, o amor esfria, a verdade quebra-se, a confiança perde-se, a teoria e a prova são contra-argumentadas e o que era certo deixa de o ser. Ao mencionar estes conceitos que são naturalmente desenvolvidos na nossa sociedade, e que no nosso subconsciente já refletíamos, percebemos que nem sempre as coisas são assim tão ideais. Na verdade, a nossa crença pode ser cega, para não dizer, que é até irracional, pois continuamos sempre a confiar que as coisas vão melhorar.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus2, logo, por mais que queiramos negar, há uma necessidade intrínseca em nós por Deus, o nosso ser clama por Ele, por um relacionamento com Ele e pelos Seus valores. Se acreditamos em valores e direitos para todos e se todos temos necessidade de cuidar dos mais fracos e pobres, então continuamos a estar sob a influência de crenças cristãs, estabelecidas pelo Deus que criou todas as coisas.
Queremos destacar, no entanto, que o que desejamos e pretendemos alcançar, Deus já estabeleceu, sendo exemplo e testemunho perfeito a pessoa de Jesus. Ele não falhou, embora tenha passado pelas mesmas lutas que nós passamos, mas nunca errou no padrão que tanto sonhamos alcançar3, isto é, um padrão de justiça, amor, sentido, verdade, liberdade, entre outros. Isto é real e inequívoco.
A justiça que Jesus veio trazer é alcançada pelo facto de que Ele deu a Sua vida, e colocou-se no lugar onde tu e eu merecíamos estar. Ele veio pagar o preço do nosso pecado, inerente a todos4 e a causa da nossa separação com Deus. Sendo Ele Santo e Justo, nunca poderia deixar passar essa falha humana. Então em Jesus vemos um amor puro, demonstrado quando deu a Sua vida por nós, sendo esse o meio pelo qual Deus providenciou solução para o nosso pecado. Resta aceitar em fé o sacrifício de Jesus e nos arrependermos das nossas falhas. Ele ainda demonstrou amor ao cuidar daqueles que o rodeavam, ao pregar a verdade, mesmo até perante quem não gostava disso. Mas tudo o que Ele disse cumpriu. Ele disse que ia morrer e ressuscitar, e por mais que se tente negar isto, as provas são claras.
Deus é o autor de tudo o que queremos alcançar. Podemos entender que Nele encontramos a resposta para a verdadeira justiça, o sentido da vida e a alegria. Ele é real, confiável, e o melhor que se pode ter na vida. Agora, a escolha é pessoal. Dá uma oportunidade a este Deus, que te criou e que te ama incondicionalmente, de revelar-Se à tua vida.
1KELLER, Timothy. Deus na era secular, São Paulo, Vida Nova, 2018, 52 p.
2(Génesis 1:26,27; ARA)
3(Hebreus 4:16; ARA)
4(Romanos 3:23; ARA)