No Antigo Testamento
Messias é uma palavra hebraica que significa “o Ungido”, um título profundamente enraizado na Bíblia. No Antigo Testamento, o povo de Israel estava muito familiarizado com o conceito de ungir pessoas, ou objetos, para funções sagradas. Quando os reis, profetas e sacerdotes começavam os seus ministérios, eles eram ungidos como sinal da sua dedicação às coisas de Deus, sendo por Ele capacitados para as realizar.
O Messias seria um homem separado por Deus para uma tarefa muito especial: mudar o mundo.
Ao longo de gerações Israel foi consolidando uma grande expectativa em torno da figura do Messias e da Missão que lhe estava designada nas muitas declarações proféticas. De facto, a Missão aguardada era geradora de uma grande esperança, porque estava anunciado um tempo de libertação, restauração e de grande vitória para Israel. No coração do povo e dos seus líderes não havia dúvidas, o Messias tinha como Missão conduzir Israel num processo de independência e glória enquanto nação.
No Novo Testamento
Mais do que nunca, Israel aguardava ansiosamente a chegada do seu Messias. Precisavam desesperadamente de um salvador. Alguém que os libertasse da condição enfraquecida em que se encontravam. Algo extraordinário tinha de acontecer. Muitos falsos messias foram se auto propondo, mas um só foi ungido por Deus: Jesus.
“Cristo” é a palavra grega usada no Novo Testamento para se referir ao Ungido do Senhor, o Messias. Então Jesus é o Cristo, o Messias, desejado por milhares.
A pergunta inevitável é: porque motivo Israel não reconheceu Jesus como o Messias? Porque Jesus não preencheu as expectativas que eles tinham do Messias e da sua Missão. Mas a verdade é que Jesus cumpriu plenamente a Missão que desde a eternidade estava estabelecida para o Messias: a redenção da humanidade, e não apenas a de Israel.
Como Ungido, Ele foi totalmente dedicado a fazer a vontade do Pai. No dia que decidiu ser batizado, o Espírito Santo desceu sobre Jesus (2), sendo confirmada a sua identidade pela voz do Pai, e registado o início da sua Missão.
Como Profeta, Ele mesmo disse que as suas palavras eram espírito e vida. Ele não traz mais uma revelação, Ele é em si mesmo a revelação que precisávamos, por isso Ele disse, “quem me vê a mim, vê o Pai” (3)
Como Sacerdote, Ele não oferece um sacrifício, antes se oferece a si mesmo como o sacrifício perfeito, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (4).
Como Rei, Ele que é o Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores, fez-se servo de todos ao dar a sua vida na cruz, prova do seu amor incondicional, mas ao vencer a morte garantiu o Seu reinado eterno, com vitória garantida sobre o pecado, a morte, o mundo e o Diabo.
Para os nossos dias
Atualmente, alguns homens, nomeadamente no meio político, mas não só, apresentam-se ao público como verdadeiras figuras messiânicas, e por mais incrível que nos possa parecer são idolatrados por milhares de pessoas. Não passam de falsos messias.
Concluo lembrando as palavras de Jesus: “A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, também eu vos envio.” (5) O Messias acabara de cumprir a sua Missão, e logo após a sua ressurreição aparece aos discípulos e deixa-nos a declaração de Mateus 28: 18-20, como quem diz, a minha Missão está cumprida, agora é o tempo de cumprirem a vossa.
1 Is. 9. 6; 2 Lc 3. 22; 3 Jo 14. 9; 4 Jo 1. 29; 5 Jo 20. 21; 6 Mt 28. 18-20